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domingo, 15 de agosto de 2021

Pandemia: Pesquisa mostra que Geração Z foi a mais impactada

Estudo global expõe que quatro em cada cinco (78%) trabalhadores entre 18 e 24 anos sentem que suas vidas profissionais foram afetadas



Agosto de 2021 - Transcorrido mais de um ano do início da pandemia provocada pela COVID-19, a ADP Research Institute realizou uma nova pesquisa global, com 32 mil trabalhadores (tanto tradicionais quanto freelancers), em 17 países, de quatro continentes diferentes, para mapear quais foram os impactos que as mudanças provocadas neste período teve sobre os trabalhadores, como eles lidaram com estas alterações impostos pelo vírus e as suas perspectivas sobre os próximos cinco anos.

O estudo da ADP mostra que, globalmente, a COVID-19 deixou uma marca na percepção dos trabalhadores em relação à confiança. Embora a maioria (86%) dos profissionais ainda mostre otimismo a respeito dos próximos cinco anos no local de trabalho, esse número é menor do que os 92% da pesquisa anterior. Esse declínio pode ser explicado pelo fato de que 28% relatam ter perdido o emprego, temporária ou permanentemente, ou recebido dispensa temporária parcialmente remunerada. Além disso, quase um trabalhador em quatro (23%) teve que aceitar um corte de remuneração.

A pesquisa expõe, ainda, que o impacto na segurança do trabalho e no otimismo é desigual, com os trabalhadores mais jovens sendo os mais afetados. Quase quatro em cada cinco (78%) trabalhadores da Geração Z (18-24 anos) sentem que suas vidas profissionais são afetadas e dois em cada cinco (39%) relatam que perderam o emprego, foram dispensados ou sofreram uma dispensa temporária de seu empregador. Como resultado, o otimismo entre a Geração Z caiu substancialmente (de 93% para 83%), muito mais do que qualquer outra geração.

Apesar de os brasileiros também demonstrarem um declínio quanto ao otimismo em relação ao local de trabalho nos próximos cinco anos, esta oscilação foi pequena em comparação à média global, ficando com 86% dos trabalhadores se sentindo otimistas neste levantamento, frente aos 89% do estudo anterior.

A vice-presidente de Recursos Humanos da ADP na América Latina, Mariane Guerra, comenta que o mercado de trabalho global já vinha passando por profundas transformações nos últimos anos, principalmente em razão das aceleradas mudanças tecnológicas. “Por este motivo, o impacto do cenário trazido pela COVID foi assimilado de forma distinta por trabalhadores de diferentes regiões. Na área do Pacífico Asiático, por exemplo, o otimismo teve uma queda de 5% neste estudo, mas ainda permaneceu muito alto, com 90%. Isso mostra que as peculiaridades regionais seguem como item importantíssimo para os gestores no pós-pandemia”, explica a executiva.

Além dos aspectos referentes ao otimismo, a pesquisa realizada pelo ADP Research Institute trouxe também a visão dos trabalhadores sobre outro quatro pontos: ‘Condições do local de trabalho’, ‘Remuneração e desempenho’, ‘Mobilidade no trabalho’ e ‘Gênero e família’.

Outros destaques do levantamento:


Condições do local de trabalho:

As horas extras não remuneradas alcançaram a média de 9,2 horas por semana, um aumento acentuado em comparação às 7,3 horas do ano passado. O número de “horas gratuitas” fornecidas aos empregadores é maior entre os trabalhadores híbridos (que dividem o tempo de trabalho entre o escritório e a casa).
Ao mesmo tempo, os profissionais sentem que podem se beneficiar de acordos de trabalho flexíveis, uma afirmação feita por 67% deles hoje, contra 26% antes da pandemia. Praticamente a metade (47%) afirma que seus gerentes permitem uma flexibilidade maior do que a oferecida na política da empresa.
E quase metade (46%) dos entrevistados globais afirmaram que assumiram responsabilidades adicionais no trabalho, seja para compensar colegas que perderam suas funções ou - especialmente quando se trata de trabalhadores essenciais (55 %) - para lidar com a carga de trabalho extra que o COVID-19 criou.
América Latina: Para as pessoas empregadas, a carga de trabalho só pareceu aumentar. A proporção de trabalho extra não remunerado aumentou significativamente, com a média em toda a região alcançando 6,5 horas por semana, contra 4,5 antes da pandemia.

Remuneração e desempenho


A pandemia coloca o desempenho dos funcionários em destaque. Os trabalhadores admitem que as mudanças no local de trabalho ofereceram oportunidades para desenvolver novas habilidades ou embarcar em novas trajetórias de carreira que consideram satisfatórias ou que revelam seu potencial de maneiras imprevistas.
Mais de um em cada quatro trabalhadores (28%) relatou ter assumido uma nova função ou mudado seu escopo de trabalho devido à perda de empregos em sua organização. Mais uma vez, os trabalhadores da Geração Z tiveram que ser os mais ágeis, com mais de um em cada três (36%) mudando de função ou assumindo uma nova;
E há pontos positivos, já que a maioria dos funcionários foi recompensada financeiramente por seu comprometimento, com quase sete em cada dez (68%) recebendo um aumento salarial ou um bônus.
Infelizmente, o problema de pagamentos aos menores afetou mais de três em cada cinco trabalhadores (63%), e há maior ocorrência de pagamentos em atraso. Mesmo quando a remuneração é calculada corretamente, a falta de alinhamento entre os cronogramas de pagamento e o vencimento das contas pessoais causou problemas financeiros para uma proporção significativa da força de trabalho (24%).
América Latina: Mais do que em qualquer outro país na região, os trabalhadores chilenos foram os mais propensos a receber um aumento salarial ou um bônus por assumir responsabilidades adicionais ou novas funções devido a perdas de emprego pela COVID em suas organizações: seis em cada dez (61%), comparados a 56% no Brasil e 54% na Argentina. Os brasileiros foram mais propensos do que seus colegas em outros países da América Latina a receber treinamento para lidar com as mudanças (42%).


Mobilidade no trabalho


A pandemia mudou onde e como os trabalhadores trabalham e moram. Menos de um ano após a COVID-19 ter sido promovida a uma pandemia, seu impacto já havia levado 75% da força de trabalho global a mudar ou a fazer planos de mudança em sua moradia, chegando a 85% na geração Z. Um em cada sete trabalhadores (15%) está ativamente tentando passar para um novo setor que acredita ser mais seguro no futuro. Comparado a um ano atrás, o apetite pelo trabalho freelancer – a opção de trabalho mais flexível e de maior mobilidade que há – cresceu no Pacífico Asiático (de 14% para 17%) e na América Latina (de 19% para 23%), permanecendo estável na Europa e diminuindo na América do Norte.
Mais da metade (54%) da força de trabalho global afirma estar mais interessada em contratos de trabalho desde o advento do COVID-19, isso porque eles acreditam que existem novas oportunidades para executar trabalhos por contrato (35%) ou porque aprenderam novas habilidades que podem aplicar em contratos de trabalho (32%).
Na verdade, os trabalhadores mais velhos são os mais abertos à ideia de mudança para o trabalho por contrato (29% dos maiores de 55 anos e 22% dos 45 aos 54 anos), seguidos da Geração Z (19%).
No entanto, a maioria dos trabalhadores (83%) ainda optaria por um emprego permanente e tradicional em vez de um contrato de trabalho, uma proporção que se mantém relativamente inalterada desde o ano passado.
América Latina: Três quartos dos trabalhadores latino-americanos assumiram mais responsabilidades ou mudaram de função como resultado da perda de empregos pela COVID-19 (74%). A maioria deles sentiu‑se extremamente preparada ou bem preparada para lidar com as novas tarefas, com os argentinos indicando a maior confiança (75%). O apetite pelo trabalho freelancer no Chile está entre os maiores no mundo, com um quarto (25%) dos trabalhadores indicando que escolheriam esse modelo a um emprego tradicional, embora esse índice tenha diminuído de um terço (33%) no ano passado. O Brasil não fica muito atrás, com 23%, frente aos 18% da pesquisa anterior.

Gênero e família


Dois terços (67%) da força de trabalho global afirmam que foram forçados a conciliar trabalho e vida pessoal por causa do impacto da pandemia, e o estudo mostrou alguns pontos preocupantes específicos para mulheres e para quem tem filhos.
Entre pais e mães que trabalham, 15% relataram que eles, ou outra pessoa da família, deixaram o emprego voluntariamente, um número que chegou a 26% entre pessoas com crianças com menos de um ano de idade.
Metade dos entrevistados (52%) acha que os benefícios concedidos aos pais e mães trabalhadores pelos empregadores serão retirados dentro de um ano. Nesse panorama, as mulheres são mais propensas a relatar dificuldades para controlar o estresse e a ter mais dúvidas quanto às perspectivas de emprego do que os homens. Além disso, as mulheres também são menos propensas a receber aumentos salariais ou bônus ao assumir responsabilidades adicionais ou trocar de função, com a América do Norte mostrando maior disparidade.
América Latina: Na região, mais de seis em cada dez (63%) afirmam que a pandemia os forçou a fazer escolhas ou concessões entre vida pessoal e profissional. No Brasil, na Argentina e no Chile, equilibrar o trabalho e as necessidades da família foi o maior desafio no período pandêmico (22% afirmaram isso), mais do que manter a saúde (18%), questão considerada mais importante globalmente.

Sobre a ADP (NASDAQ-ADP)

A companhia oferece produtos de ponta, serviços de alta qualidade e experiências excepcionais para que as pessoas alcancem o máximo potencial no trabalho. Os serviços e produtos da empresa para RH, Talento, Benefícios, Folha de Pagamento e Compliance são baseados em dados, mas desenhados para pessoas. Saiba mais em: https://www.adp.com.br.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

ABERT elege presidente e vice para biênio 2020-2022

Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão


Em reunião nesta quarta-feira (26), em Brasília, o Conselho Superior da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão elegeu, por unanimidade, o diretor geral do Grupo Bandeirantes de Comunicação, Flávio Lara Resende, para a presidência da ABERT no biênio 2020-2022. 

A eleição foi de forma presencial e remota, por causa da pandemia.


Lara Resende substitui Paulo Tonet Camargo, vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, que comandou a ABERT por dois mandatos consecutivos, entre 2016 e 2020. 


Para a vice-presidência, foi eleito o presidente da AGERT (Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão), Roberto Cervo Melão.


A ABERT, que em 2020 completa 58 anos, representa mais de três mil emissoras privadas de rádio e televisão.


Entre as metas de sua gestão, Lara Resende destacou  a continuidade da agenda estratégica da ABERT, que terá como prioridade a redução da assimetria regulatória e a inclusão definitiva do setor em projetos com foco em inovação e tecnologia.


"Estarei sempre atento aos interesses das emissoras de radiodifusão, mas, sobretudo, das suas prerrogativas como prestadoras de serviços públicos, jamais me afastando dos seus direitos e garantias"”, afirmou, durante o discurso de posse.


Sobre Flávio Lara Resende – Mineiro de Belo Horizonte, Flávio Lara Resende é advogado e jornalista, com pós-graduação em Administração Financeira e MBA em Finanças.  


Diretor geral do Grupo Bandeirantes de Comunicação, exerce os cargos de diretor geral da TV Bandeirantes, da Rádio Bandnews e do jornal METRO.


É presidente da Associação dos Veículos de Comunicação do Distrito Federal - AVEC/DF desde 2010, de onde está se licenciando para assumir a presidência da ABERT. 


Participa do Conselho Superior da ABERT desde 2015. 


É também vice-presidente da AIR – Associação Internacional de Radiodifusão, entidade que representa 17 mil emissoras de rádio e televisão nas três Américas.



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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Mackenzie Rio: Redução de preços pode beneficiar empresas na pandemia


A pandemia da covid-19 e as medidas de isolamento social trouxeram uma série de impactos para o consumo de produtos e serviços no Brasil, alterando preços e resultados de companhias. No entanto, para a professora de Contabilidade de Custos e Contabilidade Gerencial da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio, Gabriela Barreto, embora a pandemia tenha trazido desafios para uma série de setores da economia, a redução de preços pode promover impactos positivos para o consumo no país.

O único cuidado necessário quando uma empresa resolve adotar uma estratégia de diminuição de preços é assegurar que a redução ainda cobrirá os custos do produto ou serviço. Havendo uma sobra entre preço e custos, é possível reduzir o valor do produto desde que se aumente ainda a quantidade de mercadoria vendida, analisa.

Segundo a professora, para conquistar bons resultados e vender mais, é necessário trabalhar para aumentar o campo de atuação de venda da empresa o que, em geral, provoca mais gastos em quesitos como propaganda.

Neste caso, o que as empresas devem fazer é adotar programas de otimização de uso de recursos, começando com os desperdícios invisíveis, mas perceptíveis. Fazendo isso, é possível reduzir uma parcela dos custos e diminuir os preços sem alterar tanto as margens. Já no que se refere à propaganda, é importante ressaltar que as mídias sociais têm sido um dos melhores meios de divulgação dos produtos e serviços para aumento no volume de vendas sem impactar em grandes aumentos de gastos, avalia.

Ainda segundo ela, saber formar um preço especial em situações atípicas é um fator de sucesso para os negócios em tempos de crise, como é o caso da pandemia causada pela covid-19.

Assim, ao formar um preço que reflita um cenário ou uma situação atípica, os empresários devem imputar a cultura do pensamento prospectivo, pensando à frente e entendendo que às vezes é preciso perder agora para ganhar depois. Oferecer produtos e serviços a preços reduzidos nestas condições pode garantir vendas em outras ocasiões e promover a fidelização do cliente no futuro se oferecermos diferenciais que agreguem valor ao produto ou serviço, conclui a professora.


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terça-feira, 7 de abril de 2020

CORONAVÍRUS - COMO RECEBER O AUXILIO EMERGENCIAL




Medida do governo federal tem o objetivo de ajudar as categorias de trabalho mais vulneráveis durante a crise econômica causada pelo coronavírus

Os MEIs (microempreendedores individuais), trabalhadores que não têm carteira assinada, autônomos, desempregados e contribuintes individuais da Previdência poderão se registrar para receber o auxílio emergencial de R$ 600 anunciado nesta terça-feira, 7 de abril, pelo Governo Federal. A cidade de São Paulo conta com mais de 770 mil MEIs que deverão consultar a disponibilidade do benefício.

A iniciativa tem como objetivo ajudar as categorias de trabalho mais vulneráveis em meio à crise econômica gerada pela pandemia do coronavírus. A lei federal que cria o auxílio prevê o pagamento por ao menos três meses a trabalhadores de baixa renda sem emprego formal ou com contrato intermitente inativo.

A Caixa Econômica Federal disponibilizou um site e um aplicativo para que os trabalhadores informais, autônomos e MEIs solicitem o auxílio emergencial de R$ 600. Aqueles que já recebem o Bolsa Família, ou que estão inscritos no CadÚnico - Cadastro Único, não precisam se inscrever pelo aplicativo. Para estas pessoas o pagamento será feito automaticamente.






A Caixa Econômica também disponibilizou o telefone 111 para tirar dúvidas dos trabalhadores sobre o auxílio emergencial.


Requisitos para MEIs solicitarem o auxílio

· Ser titular de pessoa jurídica MEI - Microempreendedor Individual;

· Estar inscrito no CadÚnico para Programas Sociais do Governo Federal até o último dia 20 de março;

· Cumprir o requisito de renda média (renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa, e de até 3 salários mínimos por família) até 20 de março de 2020;

· Ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social;

Para mais informações, acesse o site do Governo Federal: www.gov.br


Orientações para empreendedores

A Ade Sampa, agência vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de São Paulo, está atendendo os empreendedores da capital por meio de telefone, whatsapp e e-mail, tendo em vista que as unidades do Cate e das Subprefeituras estão fechadas.

Pelos canais de atendimento, o empreendedor consegue tirar dúvidas sobre emissão de nota fiscal e outros documentos, além de fazer a formalização do seu negócio como MEI – Microempreendedor Individual.

A Ade Sampa iniciou também uma parceria com o Banco do Povo, programa de microcrédito do Governo do Estado de São Paulo, para realizar o teleatendimento a empreendedores na divulgação da nova linha de crédito de R$ 25 milhões para micro e pequenas empresas enfrentarem os efeitos econômicos da pandemia de coronavírus. A equipe técnica orienta sobre as linhas de microcrédito, condições e processos para cadastramento do pedido de crédito. Já o Banco do Povo será responsável pelo estabelecimento das linhas, análise e concessão do crédito.


Confira todas as orientações que são oferecidas:


· Formalização do MEI - Microempreendedor Individual;
· Declaração Anual do Simples Nacional;
· Alteração de CNAE -Classificação Nacional de Atividades Econômicas;
· Cancelamento do cadastro do MEI;
· Parcelamento do DAS - Documento de Arrecadação do Simples Nacional;
· Emissão da senha Web;
· Configuração de Nota Fiscal Paulista;
· Consulta do CCM - Cadastro de Contribuintes Mobiliários, CCMEI - Certificado de Condição de Microempreendedor Individual e CNPJ
· Orientações sobre linha de crédito do Banco do Povo

Abaixo, confira os contatos dos agentes locais da Ade Sampa:

(11) 94284-6067
(11) 97148-8830
(11) 94548-9513
(11) 99335-0778
(11) 99449-1311
(11) 99708-5130

sexta-feira, 3 de abril de 2020

MSF expande resposta à COVID-19 na Itália com atividades em lares de idosos


Pessoas idosas são parte do grupo mais vulnerável às formas mais graves do novo coronavírus


A organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) está expandindo suas atividades de resposta à COVID-19 na Itália, apoiando diversos lares de idosos no estado das Marcas (Marche, em italiano), região no leste do país, em cidades como Fabriano, Jesi, Senigallia e na capital regional Ancona. Os lares de idosos estão entre os lugares mais vulneráveis da pandemia do novo coronavírus. Os locais são comunidades onde muitas pessoas vivem juntas e em contato próximo, fatores que facilitam a transmissão do vírus. Outro fator agravante é que nesses espaços não há equipamentos médicos especializados, como nos hospitais, apesar de hospedarem pessoas idosas, um dos grupos de maior risco do novo coronavírus.

“Ao combater uma epidemia, as medidas de proteção podem desempenhar um papel crucial na prevenção de novas infecções e reduzir a propagação do vírus, especialmente entre as pessoas em maior risco”, diz Tommaso Fabbri, nosso coordenador do projeto de combate à COVID-19 na região de Marche. "Pessoas idosas estão entre os mais vulneráveis e faremos de tudo para protegê-los, trabalhando lado a lado com os profissionais dos lares e em estreita colaboração com as autoridades regionais de saúde".

A equipe de MSF, composta por médicos, enfermeiros e especialistas em saúde e higiene, todos com experiência anterior no gerenciamento de epidemias em contextos humanitários, apoiará os gerentes e funcionários dos lares e as autoridades dos municípios locais na implementação de medidas de prevenção e controle de infecções para conter o novo coronavírus. Dentro das instalações, serão identificadas rotas de fluxo de funcionários e residentes e áreas esterilização, onde possam estar desinfectados e protegidos. Essas medidas têm como objetivo impedir o surgimento de novos casos de pessoas idosas, que, caso evoluíssem para um quadro grave, teriam de ser internadas em hospitais que já estão em risco de superlotação.

Atualmente, cerca de 30 profissionais de MSF estão engajados na resposta ao novo coronavírus na Itália, nas regiões das Marcas e Lombardia, que compartilham sua experiência no gerenciamento de epidemias e surtos. MSF também se colocou à disposição de autoridades de saúde de outras regiões, incluindo as mais afetadas e aquelas em que a prevenção pode fazer a diferença. A organização na Itália espera ter autorização em breve para expandir as atividades para outros locais. As equipes de saúde de MSF, também com experiência de campo, já estão na linha de frente do combate à COVID-19, trabalhando junto ao Serviço Nacional de Saúde em hospitais italianos.

MSF também está apoiando a resposta à COVID-19 em outros países da Europa, como Espanha, França e Bélgica, e está em contato com as autoridades de saúde da Grécia, do Afeganistão e de outros países como o Brasil, onde já há projetos e onde as equipes estão se preparando para a resposta à COVID-19.

“Agradecemos a MSF pela contribuição qualificada oferecida para apoiar nossas estruturas e esperamos que essa colaboração seja estendida pelos próximos dias. Nosso objetivo é fazer tudo da melhor forma possível para lidar com essa emergência e a experiência da equipe de MSF só tende a aumentar nosso potencial em termos operacionais", afirma Luca Ceriscioli, governador da região das Marcas.

“Essa colaboração nos deixa muito orgulhosos. A Agência Regional de Saúde, com o apoio da região das Marcas, está fazendo um trabalho impressionante. Mas não poderíamos fazê-lo sem nossos profissionais de saúde, tanto os que estão na linha de frente quanto aqueles designados para apoiar serviços, como nas casas de repouso. Por esse enorme sacrifício e espírito de equipe, quero agradecer um a um. A colaboração com MSF ajudará a apoiar nosso território na luta contra a COVID-19 dentro das estruturas sócio-sanitárias, em parceria com o diretor do distrito e os clínicos gerais, que poderão receber suporte e aconselhamento de MSF. Esse modelo de gerenciamento de casos também é muito importante para reduzir o influxo para hospitais, continuando a garantir assistência quando os pacientes recebem alta", diz Nadia Storti, diretora-executiva da Agência Regional de Saúde de Marcas.

Sobre Médicos Sem Fronteiras

Médicos Sem Fronteiras é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por conflitos armados, desastres naturais, epidemias, desnutrição ou sem nenhum acesso à assistência médica. Oferece ajuda exclusivamente com base na necessidade das populações atendidas, sem discriminação de raça, religião ou convicção política e de forma independente de poderes políticos e econômicos. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas atendidas em seus projetos.

sábado, 28 de março de 2020

Prefeitura de São Paulo abre 720 vagas em enfermagem para Hospital de Campanha do Anhembi

Cate e Ade Sampa realizam pré-seleção on-line para empresa que gerenciará unidade voltada a pacientes com coronavírus

A Prefeitura de São Paulo abriu neste sábado, 28 de março, processo seletivo on-line para mais 720 vagas na área de enfermagem, sendo 504 para técnico de enfermagem e 216 para enfermeiro hospitalar. As inscrições encerram nesta segunda-feira (30), às 14h, ou até o preenchimento das vagas para os profissionais que irão trabalhar por 90 dias no hospital de campanha que está sendo construído no Complexo do Anhembi. Para se inscrever é necessário acessar o site www.tinyurl.com/hospitalanhembi e anexar o currículo atualizado.

Em virtude da urgência na contratação dos profissionais, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho disponibilizou, além dos técnicos do Cate – Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismos, analistas da Ade Sampa – Agência São Paulo de Desenvolvimento, para a análise dos currículos na primeira fase e encaminhamento para a entidade gestora do hospital, que realizará prova e entrevista presencial.

“Na primeira seleção, finalizada sexta-feira (27), em menos de 24 horas recebemos mais de 1.800 inscrições. Além dessas novas oportunidades, ainda existem vagas remanescentes para fisioterapeuta hospitalar, técnico de farmácia, técnico em gasoterapia e oficial de manutenção”, explica a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.

Será exigida a formação completa em níveis técnico e superior em enfermagem e pelo menos seis meses de experiência na área hospitalar.

Durante o processo seletivo será informado o salário, benefícios e horários de trabalho para as equipes a serem formadas.

sábado, 28 de setembro de 2019

Casamento ou união estável? Qual a melhor escolha?


Essa é uma pergunta recorrente e sua resposta depende do porquê da pergunta, se é pela facilidade em iniciar e terminar uma união estável, diferentemente do casamento que é um ato formal, se por questões de segurança patrimonial em caso de separação, ou se por insegurança em caso de sucessão na hipótese de morte, ou se, por fim, por aspectos culturais, sociais e religiosos.




FORMALIDADE:

De fato a União Estável é situação de fato, protegida pela lei, e os que vivem nesta condição têm praticamente os mesmos direitos e deveres dos casados sob o regime da Comunhão Parcial de Bens. Contudo, é ato absolutamente informal, dispensando qualquer tipo de solenidade para existir, fato este que agrada muita gente que não quer solenidades.

O problema é que, por tal informalidade e em alguns casos, pode ser muito difícil estabelecer parâmetros temporais – quando exatamente iniciou e quando exatamente terminou a União Estável. Em algumas situações tal parâmetro é fundamental para estabelecermos a divisão patrimonial em caso de separação, pois somente os bens adquiridos durante a convivência serão partilhados. Então, por este viés, o Casamento Civil é mais vantajoso.

SEPARAÇÃO:

Quanto a divisão patrimonial em caso de separação, salvo a dificuldade acima narrada, não haverá muita diferença entre Casamento e União Estável, uma vez que o regime legal para ambos é o da Comunhão Parcial de Bens e, caso desejem, em ambas as situações será possível estabelecer regras diferentes, seja pelo pacto antenupcial, em caso de Casamento, ou seja pelo contrato de convivência, no caso da União Estável. Assim, neste aspecto, não considero relevantes diferenças entre união e casamento.

SUCESSÃO:

Não confunda divisão de bens em caso de separação, com partilha de bens em caso de sucessão. A sucessão é a transferência do patrimônio de alguém que morreu para os seus herdeiros (legítimos e testamentários).

Tanto no Casamento, quanto na União Estável, o Cônjuge ou o Companheiro poderá ser herdeiro (junto com os descendentes, ascendentes, colaterais e legatários do falecido). De fato, a lei deu tratamento desigual ao Cônjuge em relação ao Companheiro, por tal fato será comum você encontrar pessoas afirmando ser o Casamento mais vantajoso que a União Estável. Contudo, na minha opinião, este fato não deve ser tão relevante para a sua decisão, uma vez que a jurisprudência tem garantido a igualdade de tratamento, aplicando-se as mesmas regras, tanto para Casamento quanto para a União Estável.

Dr. Danilo Montemurro, Advogado especializado em Direito de Família e Sucessões