Festival de Teatro apresentou espetáculos, stand-up comedy, oficinas culturais e exposição de cartazes europeus
“A cidade é viva, precisa de inspiração, criatividade e novos conceitos para se desenvolver com qualidade”. As palavras do prefeito Gilson Fantin, no folder de programação do “Abril pra Cena”, revela o objetivo do Festival de Teatro que se consagrou com sucesso de público e crítica nesta 5ª edição, realizada entre os dias 23 e 27 de abril em Registro. Objetivo que se cumpriu na qualidade dos espetáculos e no grande público que prestigiou cada atração.
Além das peças teatrais, o Festival apresentou a mostra de stand-up comedy em bares e restaurantes da cidade, oficinas livres de artes, workshops para atores e dançarinos e a exposição “Os Clowns nos Cartazes Europeus”.
Com um currículo de quem já dirigiu mais de 80 peças de teatro pelo País, Moisés Miastkwosky foi o professor da Oficina de Interpretação do “Abril pra Cena”. Pela primeira vez em Registro, o Diretor de Teatro não escondeu a surpresa em ver que a cidade possui um grande apelo cultural. “Não sabia que Registro tinha essa vocação artística. Esse movimento teatral é significativo para o engrandecimento cultural da população. Realmente fiquei impressionado pelo interesse do Prefeito Gilson pela arte. Ele é um autêntico político necessário para a cultura. Aproveito e parabenizo o Secretário de Cultura, Cristiano Oliveira, e toda sua equipe pelo excelente trabalho realizado”, afirmou o diretor.
O ponto de vista de Miastkwosky referenda o sucesso na organização e execução do festival, inclusive na qualidade dos números artísticos oferecidos à população. Professor de artistas, tendo como um de seus ilustres alunos o ator da novela ‘Além do Horizonte’ da Rede Globo, Caco Ciocler, ele fez questão de elogiar o corpo artístico das peças e a turma que participou de sua oficina de interpretação, com 30 jovens que demonstraram muito entusiasmo pela arte. “Não podemos perder essa juventude interessada pelo teatro. O Prefeito está no caminho certo para manter viva essa paixão dos jovens”.
A Professora Universitária de Letras e Línguas Estrangeiras, Cristiane Souza, moradora de Sete Barras, fez questão de prestigiar o festival. “Todos os anos compareço no Abril pra Cena. Esta iniciativa é de suma importância para a democratização da cultura. Isso é essencial para que as pessoas descubram que a arte é infinita e que possibilita aprender mais sobre o mundo”, disse ela, na noite de sexta-feira, ao assistir à peça “O Broto”.
O vendedor de Registro, Rodrigo Ailton de Freitas, e a esposa Solange Roseli Bertelli aproveitaram para levar Maria Eduarda, de 10 anos, para assistir ao espetáculo “O Tribunal de Salomão”, no domingo à tarde. A família, que deu boas gargalhadas com a peça, elogiou o Festival. “Sempre acompanho o Abril pra Cena. Muitos têm vontade de ver uma peça de teatro, mas não têm acesso. O Festival permite essa possibilidade e ainda é de graça, o que incentiva ainda mais as pessoas a prestigiar”, disse Solange.
Para a aposentada Juraci de Oliveira, o “Abril pra Cena” teve significado especial. Na noite de domingo ela assistiu, pela primeira vez, a uma peça de teatro. “Foi muito diferente do que eu imaginava. Adorei a peça, foi uma viagem no tempo muito interessante”, revelou dona Juraci, que aceitou o convite do filho para ver o espetáculo “Reclame – Uma História de Amor”. Ambientada entre as décadas de 30 e 90, a peça conta a trajetória de um casal por meio de jingles que marcaram a época. Em vez do palco tradicional, o espetáculo é apresentado entre o público, que acaba interagindo nas cenas.
Realizado pela Prefeitura de Registro em parceria com a Associação Companhia das Artes, o 5º Festival de Teatro “Abril pra Cena” encerrou com o belíssimo musical do grupo Caixa Preta, “Como se faz uma canção”. O espetáculo emocionou o público que lotou o Teatro Wilma Bertelli. O Festival contou ainda com apresentações do Balé Folclórico de São Paulo e das peças “Noite das Pílulas Cômicas”, “A Biblioteca Mágica”, “Terremota” e “Facas nas Galinhas”.
Crédito fotos: Alfredo Rodrigo (peça O Broto) e Telma de Almeida (todas as demais)