quinta-feira, 16 de julho de 2015

Governo de SP inicia instalação de membranas para ampliar a produção no Guarapiranga

Sistema terá capacidade aumentada em mil litros por segundo, abastecendo cerca de 300 mil a 400 mil pessoas a mais, aliviando retirada de do Cantareira

(08/06/2015) O governador Geraldo Alckmin deu início hoje à instalação de membranas na obra de ampliação da Estação de Tratamento de Água do Alto da Boa Vista (ETA – ABV), do Sistema Guarapiranga, que vai aumentar a produção de água em mil litros por segundo, beneficiando de 300 mil a 400 mil pessoas. Essa obra faz parte do pacote de intervenções essenciais para o enfrentamento da crise hídrica. Também estiveram presentes o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos Benedito Braga e o presidente da Sabesp Jerson Kelman.

A ampliação está sendo feita com a instalação de membranas ultrafiltrantes, uma tecnologia de ponta já empregada em países como Estados Unidos, Israel e Cingapura. O aumento de produção de água tratada ajudará a reduzir a retirada do Sistema Cantareira, permitindo ao Guarapiranga avançar em novas áreas, principalmente na região da avenida Paulista.

Ampliação

No final de 2014, o Sistema Guarapiranga já teve a sua capacidade de produção aumentada em mil litros/s, passando de 14 mil litros/s para 15 mil litros/s, graças à utilização das membrana na ETA ABV. A tecnologia também é utilizada pela Sabesp na ETA Rio Grande, produzindo 500 litros de água potável por segundo, além do Aquapolo, onde é usada para gerar água de reúso com alto teor de refinamento.

O uso de membranas tem uma série de vantagens: o tratamento da água, que levaria pelo menos duas horas, em média, é realizado num período de 20 e 30 minutos, com funcionamento automatizado e utilização muito menor de produtos químicos. Outra vantagem dessa tecnologia é a de ocupar um espaço físico muito menor. As membranas são importadas da Alemanha e entram em funcionamento já neste mês de junho. O investimento realizado pela Sabesp é de R$ 42 milhões, com recursos próprios.

Funcionamento

Os equipamentos utilizados contam com reatores biológicos em forma de membranas, que fazem a ultrafiltração e têm capacidade para remover partículas sólidas com tamanho correspondente a um diâmetro mil vezes menor que um fio de cabelo. Depois das membranas, é empregado o processo de osmose por foto-oxidação, que elimina pequenas partículas, como bactérias e vírus. Como última etapa, a água é submetida a um processo de desinfecção final, com emprego de radiação ultravioleta associada ao peróxido de hidrogênio. O resultado é uma água absolutamente limpa, cristalina, sem nenhuma impureza, no padrão fornecido pela Sabesp aos seus clientes.

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