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terça-feira, 19 de abril de 2016

DILMA ROUSSEFF DEFENDE O DISCURSO DE GOLPE PARA A IMPRENSA INTERNACIONAL



Por: Claudia Souza (Jornalista e vítima da urna eletrônica no segundo turno das eleições de 26/10/2014)

A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (19), a jornalistas estrangeiros no Palácio do Planalto, estar sendo vítima de um processo de impeachment baseado em uma injusta fraude jurídica e política. A presidenta lembrou que, nos períodos democráticos do País, todos os presidentes enfrentaram processos de impedimento no Congresso Nacional.

“O Brasil tem um veio que é adormecido, um veio golpista adormecido. Se nós acompanharmos a trajetória de presidentes no meu País, do regime presidencialista a partir de Getúlio Vargas, nós vamos ver que o impeachment sistematicamente se tornou um instrumento contra os presidentes eleitos”.

Dilma argumentou que crise econômica e impopularidade não são motivo para se pedir o impeachment de um presidente da República. Para ela, as tentativas de desestabilizar seu mandato se basearam na estreita margem de votos que a elegeram nas eleições de 2014.

“Essa eleição perdida por essa margem tornou essa oposição derrotada bastante reativa a essa vitória e por isso começaram um processo de desestabilização. Esse meu mandato de 15 meses tem o signo da desestabilização política”.

A presidenta também relacionou as ações que foram tomadas contra a governabilidade, a começar pelo pedido “inusitado” de recontagem de votos, logo após a divulgação do resultado das eleições.

“No Brasil, desde a adoção das urnas eletrônicas, não há dúvidas por parte da sociedade da fidedignidade dos resultados eleitorais, o que torna muito claro os objetivos por traz disso. Na sequência, também foi pedido pela oposição que se fizessem auditorias nas urnas. Como em nenhum dos dois casos foi encontrada uma falha sequer, recorreu-se ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), antes da posse para o segundo mandato, para tentar impedir a diplomação da presidenta“, lembrou.

Como nenhuma destas ações surtiu efeito, deu-se início a “práticas absolutamente condenáveis”, destacou Dilma, que ganharam força com a atual presidência da Câmara dos Deputados: as chamadas pautas-bomba. Os opositores passaram a agir para impedir a redução de gastos necessária ao atingimento da meta fiscal.

Conspiração

Dilma evidenciou ainda que por trás da tentativa de impeachment está o objetivo de um grupo de chegar à Presidência da República sem ter que se submeter à vontade popular.

“A conspiração se dá pelo fato de que a única forma de chegarem ao poder no Brasil é ocultando o fato de que esse processo de impeachment, na verdade, não é um processo de impeachment”. E afirmou que se trata de uma tentativa de eleição indireta de um grupo que não conseguiria alcançar seus objetivo por meio do voto direto e secreto da população brasileira.

Uma das evidências dessa conspiração, citou, é o áudio do vice-presidente “vazado” que revela os interesses reais por trás do processo. “É muito pouco usual que haja assim um vice-presidente da República”. Além disso, apontou, entre os “julgadores” do processo há os que não estão aptos a atuar neste papel, como o caso do presidente da Câmara. “Tem um retrospecto que não o abona para ser juiz de nada, abona para ser réu”.

O que a Presidente Dilma Rousseff não citou durante a entrevista, é que várias pessoas foram votar nas urnas eletrônicas e já haviam votado em seus lugares, pastas e chip de urnas foram encontrados jogados à beira de uma estrada. Também não mencionou que mesários publicaram relatórios das urnas lacradas com 400 votos de vantagem para a Presidente e também a identificação de urnas disparando sozinhas. Este é o real motivo pelo qual a população não acredita na fidelidade do resultado das urnas.













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