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sexta-feira, 10 de junho de 2016

Comerciantes paulistanos estimam perda de quase 10% nas vendas no Dia dos Namorados deste ano, aponta FecomercioSP

Sondagem realizada pela Entidade mostra ainda que 82,3% dos consumidores da Capital optariam por pagar dívidas e não presentear na data

São Paulo, 10 de junho de 2016 - O cenário econômico atual, com desemprego, juros elevados, maiores exigências nos crediários e alta inflação, inibem a intenção de consumo no Dia dos Namorados, o que afeta diretamente as expectativas dos lojistas paulistanos, que esperam faturar 9,7% menos do que no ano passado. A fragilidade financeira exige uma postura mais conservadora dos consumidores, que passaram a priorizar o pagamento de dívidas em vez de presentear.


De acordo com a sondagem da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) - realizada em 3 de junho, com 1.122 consumidores na capital paulista -, 82,3% dos paulistanos disseram que optariam por pagar as dívidas e não presentear os companheiros no Dia dos Namorados, caso tivessem de escolher entre um ou outro. É o maior índice registrado na série histórica, iniciada em 2011. Para as mulheres essa proporção atinge 87,7%.


A sondagem também revelou que 61,9% das pessoas que namoram pretendem comprar presentes no Dia dos Namorados - queda de 6,7 pontos porcentuais na comparação com o ano passado, quando 68,6% pretendiam presentear. A crise econômica foi determinante para essa queda já que houve um aumento da proporção de entrevistados que afirmaram que não irão dar presentes por estarem em condições financeiras ruins ou endividados (58,5%, ante 41% em 2015). O desemprego também foi um dos motivadores mais citados entre os que não desejam presentear: 6,6% não comprarão lembranças devido à falta de emprego, contra 6,1% vistos no ano anterior.


As expectativas pessimistas para as vendas deste ano refletiram diretamente no nível de estoques do varejo, já que 47% dos lojistas entrevistados afirmaram estar com um estoque menor em relação ao ano anterior. Em 2015, essa proporção era de 26%. Além disso, apenas 5% afirmaram ter contratado funcionário temporário.


Tíquete médio
O valor do tíquete médio também apresentou queda neste ano, de 4,9% ao passar dos R$ 160 apurados em 2015 para R$ 152 neste ano. Se descontada a inflação do período, os presentes deverão ter um valor real 15% abaixo do verificado no ano passado.


Com relação às formas de pagamento, mais de 77% dos consumidores querem pagar à vista, mas os lojistas afirmam que, na prática, o cartão de crédito acaba sendo o preferido e 66% dos consumidores devem utilizar esse modo de pagamento. Para a assessoria econômica da FecomercioSP, as facilidades e o parcelamento acabam seduzindo muitos consumidores que estavam dispostos a pagar de imediato quando entraram na loja.


O levantamento mostrou ainda que 76,4% dos entrevistados costumam pesquisar antes de decidir qual presente comprar, sendo que 34% visitam até três estabelecimentos. Adicionalmente, 46,4% vão comprar o presente na véspera da data e 39,7% afirmaram já possuir o presente com uma semana de antecedência.


Parece haver uma sintonia entre os casais paulistanos na escolha do presente. Os dados mostram que 36,7% dos entrevistados querem presentear com vestuários, calçados e acessórios e 15,2% com perfumes e cosméticos, enquanto 32,9% querem ganhar itens de vestuários, calçados e acessórios e 11,8% perfumes e cosméticos.


Uma dica para os lojistas é apostar em promoções nos dias seguintes, já que a maioria dos entrevistados (51,5%) compraria o presente de Dia dos Namorados após a data para aproveitar boa promoção.


Sobre a FecomercioSP
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 157 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por 11% do PIB paulista - aproximadamente 4% do PIB brasileiro - e gera cerca de 5 milhões de empregos.

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